Nova pesquisa reforça a tendência animadora para Lula perto das eleições
Apesar de trazer números não tão ruins para o presidente Jair Bolsonaro quanto Datafolha e Ipec, a nova rodada Genial/Quaest confirma a tendência de crescimento de Lula às vésperas do primeiro turno.
O levantamento converge no movimento de avanço do petista já apontado por outros institutos e isso é mais importante do que os números em si, já que cada pesquisa tem seu tipo de amostragem e coleta.
No geral, todos os levantamentos apontam que Bolsonaro bateu no teto de sua intenção de votos enquanto Lula ainda consegue subir alguns pontos a poucos dias das eleições.
Alguns números importantes da Genial/Quaest podem explicar o crescimento do ex-presidente, que oscilou de 42% para 44% dos votos enquanto seu principal adversário permaneceu com 34%.
A avaliação negativa do governo Bolsonaro aumentou entre os dias 14 e 21 de setembro e foi de 38% para 39% no período.
Os piores índices vieram da região Sudeste, onde a avaliação negativa subiu de 35% para 37%, e das regiões Centro-Oeste/Norte, onde a avaliação negativa subiu de 34% para 38% e superou as avaliações positivas.
Ainda em relação à avaliação da atual gestão, houve aumento de 33% para 36% entre os homens que consideram negativamente o governo. O crescimento fez a avaliação negativa superar a positiva.
Outra informação importante trazida pela Genial/Quaest foi o crescimento expressivo de Lula no grupo de eleitores que ganha entre dois e cinco salários. O petista subiu de 27% para 31% dos votos nesse eleitorado no período de uma semana.
Embora Bolsonaro também tenha subido nesse grupo, de 33% para 34%, o avanço de Lula pode indicar que a melhora na percepção econômica já rendeu o que poderia para Bolsonaro. Entre os mais pobres, que ganham até dois salários e que foram os principais beneficiados pelo Auxílio Brasil, Lula cresceu de 39% para 40% e o atual presidente caiu de 21% para 20%.
Um dos grupos que mais recebe investidas dos candidatos também trouxe notícias positivas para Lula. O ex-presidente cresceu de 25% para 28% das intenções de voto entre os evangélicos enquanto Bolsonaro caiu de 51% para 50% nesse grupo.
As oscilações apresentadas pelo novo levantamento parecem pequenas quando vistas isoladamente. No entanto, o mais relevante na pesquisa é o movimento que vem sendo desenhado pelos dois principais candidatos.
Com pouquíssimo tempo para mudar o cenário, Bolsonaro aparece estagnado nas intenções de voto e sem muitas chances de melhorar seu desempenho. Do outro lado, Lula mostra que ainda tem fôlego para conquistar alguns votos que podem ser decisivos até o dia 2 de outubro.