A secretária de Estado responsável pelo Digital, Marina Ferrari, publicou uma mensagem na rede X condenando o que classificou de atos “irresponsáveis” e “covardes”.
“Os danos cometidos em várias regiões na noite passada afetaram nossas operadoras de telecomunicações”, escreveu. “Eles têm consequências, localizadas, no acesso à fibra, telefonia fixa e móvel”, acrescentou.
A imprensa francesa informou que a infraestrutura pertencente às operadoras SFR e à Bouygues Telecom foi vandalizada nos departamentos Meuse e Oise, sul da França.
A ação, que não atingiu Paris, acontece poucos dias após a sabotagem de várias linhas de trem de alta velocidade na quinta-feira (25), que geraram caos nas estações de trem na manhã de sexta-feira.
Na noite de quinta para sexta-feira, por volta das 4h da madrugada no horário local, cabos de fibra ótica que passavam perto dos trilhos e garantiam a transmissão de informações de segurança nas linhas férreas para os motoristas, incluindo semáforos, foram cortados e incendiados em várias regiões.
O incidente ocorreu poucas horas antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas, na sexta-feira (26) e durante um dos finais de semanas de maior tráfego nas estações, estradas e aeroportos do país, por conta das férias do verão europeu, em julho e agosto, período de recesso escolar.
Cerca de 800 mil pessoas comparam passagens de trem para viajar no fim de semana. “Cerca de 700.000 puderam ir” e 100 mil tiveram “um trem cancelado”, disse o ministro encarregado dos Transportes, Patrice Vergriete.
Trens funcionam normalmente
“Todos os trens” da rede francesa de linhas de alta velocidade estão funcionando “normalmente”, garantiu Patrice Vergriete.
A empresa ferroviária pública SNCF anunciou no domingo que “não haveria mais interrupções” e os consertos foram realizados para que os passageiros pudessem viajar “a partir da manhã de segunda-feira”.
O custo da sabotagem foi orçado em milhões de euros, entre “perdas comerciais” e “despesas de reparação”, disse o ministro à emissora francesa RTL. Segundo ele, o incidente não terá um impacto direto no preço da passagem”, acrescentou, em resposta a uma pergunta sobre possíveis repercussões nas tarifas.