Antônio Fernando Souza Oliveira tomou posse nesta quarta-feira (8), em Brasília, como novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em seu discurso, ele prometeu afastar a corporação de bandeiras políticas e de recuperar a imagem da instituição, desgastada no governo Jair Bolsonaro (PL).
“A reputação lapidada ao longo de décadas de repente se viu atingida e maculada. Precisamos fazer o que fazemos de melhor e resgatar nossa essência de polícia cidadã, porque cidadania não é outra coisa se não outro nome para democracia.”, disse ele.
O novo diretor-geral da PRF afirmou ainda que a corporação é um “órgão de Estado, não tem partido”. “Um mês após um dos episódios mais deploráveis do estado brasileiro resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não deve ser meramente retórica, deve ser praticada diariamente em cada ação, gesto, palavra”, comentou ela ao lembrar os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
No governo Bolsonaro, a PRF esteve no centro de várias polêmicas. Uma delas foi a do assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com gás de pimenta no porta-malas de uma viatura em Sergipe.
A segunda foram as operações policiais feitas no segundo turno da eleição, onde PRF parou ônibus de passageiros no dia da votação, sobretudo no Nordeste.
Uma outra envolveu o antigo chefe da corporação, Silvinei Vasques, caiu em meio a suspeitas de que a corporação demorou a agir para impedir a ocupação de rodovias federais por apoiadores de Bolsonaro que fecharam estradas para protestar contra o resultado da eleição.