O que está por trás do pacto de Adriano e Cícero: Uma dobradinha de verdade ou inviabilizar Lucas Ribeiro? Pôr Gutemberg Cardoso

A novidade deste final de semana ficou por conta do anúncio do presidente da Assembleia e pré-candidato a governador Adriano Galdino, afirmando que tem um pacto com Cícero Lucena na disputa para o governo do Estado em 2026. Qual seria esse pacto ainda é motivo de muita dúvida.

Como todos sabem, Cícero Lucena e Adriano Galdino têm discordâncias claras de todo o processo sucessório, notadamente com relação à escolha do nome que vai representar o grupo situacionista. Eles têm ciência de que, em João sendo candidato ao Senado, como está claro, o governador em exercício será Lucas Ribeiro,por conseguinte, deverá ser um candidato à reeleição, e  aí vem a grande discordância de Cícero e de Adriano que não querem votar em Lucas. E tem dito que ele não terá um bom desempenho eleitoral e que vai ser preciso num determinado momento, Cícero ou Adriano serem chamados para serem os candidato deste grupo.

O difícil agora é entender que tipo de pacto teria sido firmado entre Adriano Galdino e Cícero Lucena. Um será candidato a governador e o outro a vice? Não imagino isso, porém um pacto está firmado, Adriano trilha no campo da esquerda, candidato que vai apoiar Lula, já Cícero Lucena é mais para o centro e tem convite formal da oposição para ser candidato por essa ala. Como eles dois estariam juntos numa disputa?

O que parece o pacto de Adriano Galdino com o Cícero anunciado pode ser apenas para implodir a candidatura de Lucas.

A verdade é que Adriano Galdino e Cícero Lucena vem colocando suas candidaturas na rua e têm criado embaraços para o grupo situacionista, este é o preço de terem três pré candidaturas colocadas e ainda não tem regras claras para saber como será a escolha final.

Uma coisa a gente já percebe claramente: Adriano e Galdino e notadamente Cícero já conseguiram furar um outro pacto que foi firmado entre os três presidentes dos três grandes partidos: João Azevedo (PSB), Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Mota (Republicanos). Cícero será agora ouvido em todas as reuniões futuras e provavelmente Adriano Galdino será.

Isso não quer dizer que estando Adriano e Cícero sentando na mesa para as decisões de que eles vão ter garantia de cabeça da chapa.

Na verdade, Aguinaldo e Hugo, como os comandantes dos dois grandes partidos, têm o horizonte pela frente e planos pela frente de poder e não vão abrir mão facilmente nem para Cícero nem para Adriano. O resumo de tudo isso é que esta unidade não vai chegar até as urnas.

Pelo sim, pelo não, esta é a minha opinião!