Operação Território Livre: Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela Polícia Federal e pode perder o mandato em João Pessoa; ENTENDA
A segunda fase da Operação Território Livre, realizada pela Polícia Federal (PF) em João Pessoa, foi deflagrada nesta quinta-feira (19), trazendo novos desdobramentos em investigações sobre supostas interferências criminosas em campanhas políticas. O foco principal da operação é a investigação do envolvimento de grupos criminosos no aliciamento violento de eleitores e possível relação com organizações criminosas locais.
Prisão da Vereadora Raíssa Lacerda (PSB)
Entre os destaques desta fase está a prisão da vereadora Raíssa Lacerda, filiada ao PSB, que foi detida junto com sua assessora e outras duas pessoas ainda não identificadas. As prisões ocorreram nos bairros de Alto do Mateus e em outras áreas da capital paraibana.
Histórico da Operação
Na primeira fase da operação, que ocorreu em 10 de setembro, foram apreendidos R$ 35 mil em dinheiro, documentos pessoais de indivíduos que não residiam no local das buscas, além de contracheques de funcionários da Prefeitura de João Pessoa e aparelhos celulares. Esses materiais foram apontados como provas preliminares de crimes eleitorais em andamento, indicando possíveis conexões com práticas ilícitas para influenciar a eleição.
A segunda fase da operação continua com a execução de mandados de busca e apreensão em pelo menos dois bairros da cidade, enquanto a PF trabalha para elucidar o esquema de aliciamento de eleitores e uso indevido de recursos para favorecimento de candidaturas.
Raíssa Lacerda nega as acusações
Após a prisão, a equipe de Raíssa Lacerda emitiu uma nota oficial negando veementemente qualquer envolvimento da vereadora com os crimes investigados. A nota classifica as acusações como parte de uma “perseguição eleitoral ardilosa”. Segundo a assessoria, Raíssa está sendo vítima de uma campanha difamatória, destacando que ela possui meios para comprovar sua inocência.
Em sua defesa, a parlamentar afirma: “Volto a repelir com a coragem dos inocentes, e afirmo que tudo será esclarecido. Os verdadeiros culpados e acusadores que se escondem no anonimato deverão ser responsabilizados”.
A vereadora destaca ainda seu histórico político, referindo-se ao seu pai, José Lacerda Neto, um político influente que ocupou cargos de destaque no estado da Paraíba, como ex-deputado e ex-vice-governador, sem, segundo Raíssa, qualquer mácula em sua carreira pública.
LEIA A NOTA ENVIADA PELA VEREADORA
AO POVO DE JOÃO PESSOA
Estou o com o espirito desarmado próprio dos inocentes.
Venho apenas esclarecer e clamar por justiça diante das injustiças propositais, dignas daqueles que usam o anonimato, para ferir à honra alheia.
Estou no meu quarto mandato e nada existe que venha desabonar à minha honra e o meu caráter. Como é do conhecimento de todos fui surpreendida pela segunda vez com a presença da Policia Federal em minha casa, às primeiras horas da manhã.
Da primeira vez fizeram busca e apreensão de uma quantia de dinheiro fruto de uma herança de uma irmã solteira da minha mãe, que serviriam para pagar despesas com gráfica, gasolina e alimentação da minha equipe de campanha.
Hoje, pela manhã, resolveram me levar sob custódia para prestar esclarecimento quando toda a verdade virá à tona e a população de João Pessoa tomará conhecimento dos verdadeiros fatos.
Repilo, com toda veemência, e afirmo se tratar de uma mentira cavilosa com o intuito de prejudicar a minha exitosa campanha que está espalhada por toda João Pessoa.
Possuo o mesmo caráter do meu pai José Lacerda Neto, um homem que só soube fazer amigos durante toda a sua vida politica. Um ex-deputado estadual com 11 mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, ex-prefeito da sua cidade São José de Piranhas, Secretário de Estado e vice- governador do Estado, sem nenhuma mácula, que venha a denegrir a sua imagem e muito menos o seu caráter.
É esse tipo de comportamento que me honra e me norteia.
Quanto as perversas acusações, sem nenhuma prova, que tentam denegrir o meu caráter, volta a repelir com a coragem dos inocentes, e afirmo que tudo será esclarecido, e que os verdadeiros culpados e acusadores, tenham um pouco de caráter e saiam do anonimato.
Não queiram tratorar uma mulher, mãe de família, em plena campanha por motivos subalternos e invejosos.
A trajetória polêmica de Raíssa Lacerda
Raíssa Lacerda é uma figura pública com uma trajetória política marcada por diversas polêmicas. Em 2018, a vereadora foi envolvida em uma briga física com a empresária Betânia Navarro, que prestou queixa por agressão física e verbal. De acordo com o relato da empresária, o confronto ocorreu após denúncias de assédio sexual por parte do irmão da vereadora, fato que teria gerado o embate.
Além desse episódio, Raíssa viralizou em 2024 ao confundir uma jovem estudante com a bilionária Livia Voigt, gerando uma onda de comentários nas redes sociais. Apesar da confusão, a vereadora manteve seu discurso em prol de causas sociais, pedindo ajuda para os mais necessitados.
Desdobramentos da Operação e Prisões Relacionadas
A Operação Território Livre resultou na prisão de mais três mulheres além de Raíssa Lacerda. Todas as detidas foram encaminhadas para exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e, em seguida, retornaram à sede da Polícia Federal, onde aguardam as audiências de custódia.
As presas são:
- Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa;
- Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, acusada de usar sua influência para coagir votos no bairro Jardim São José;
- Taciana Batista do Nascimento, braço direito de Pollyanna e ligada à ONG Ateliê Vida;
- Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa no bairro Alto do Mateus, acusada de envolvimento com facções criminosas.
Além das prisões, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, sendo quatro nos locais das detenções, um na sede da ONG Ateliê Vida no bairro São José, e outros em áreas não reveladas pela PF.
Conclusão e Impacto Eleitoral
A prisão da vereadora Raíssa Lacerda ocorre em um momento delicado, poucos dias antes da proibição de prisões de candidatos por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salvo em casos de flagrante delito. Isso adiciona mais uma camada de complexidade ao cenário político de João Pessoa, onde a vereadora busca a reeleição.
A Operação Território Livre segue em andamento, e mais desdobramentos são aguardados enquanto a PF continua a investigar o envolvimento de outras figuras políticas e possíveis crimes eleitorais na capital paraibana.
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