O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início a uma série de viagens pelo país na semana passada, visitando a trabalho os estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. Esses destinos já haviam sido percorridos pelo chefe do Executivo em 2023, e o Nordeste foi a segunda região mais visitada por Lula no ano passado.
A motivação por trás desse périplo é a preparação para as eleições municipais de outubro de 2024. Lula expressou sua intenção de atuar como cabo eleitoral para seus aliados, envolvendo-se diretamente na definição das candidaturas do PT nas principais cidades e nas alianças com outros partidos nos Estados.
Na semana passada, o Palácio do Planalto divulgou a agenda semanal do ex-presidente, incluindo sua participação no evento dedicado ao programa Minha Casa, Minha Vida na Morada do Sol. Contudo, a Secretaria de Comunicação do Planalto anunciou hoje que a visita precisará ser reagendada devido a uma “alteração na agenda”.
Jackson Macêdo, presidente do PT na Paraíba, também confirmou o cancelamento do evento com Lula.
“Evento com Lula cancelado. Acabei de receber” disse à imprensa.
No próximo dia 26 de janeiro, o presidente viria para Patos, para a solenidade de entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida. Até o momento, não foram fornecidos detalhes sobre a possibilidade de manter a solenidade com a presença do ministro das Cidades, Jader Filho, ou se será totalmente cancelada.
Essa iniciativa faz parte da estratégia do partido de conquistar mais prefeitos e vereadores, visando aumentar sua relevância no cenário político municipal, considerando que o PT possui apenas 227 dos 5.568 prefeitos do Brasil.
Embora tenha recebido críticas por priorizar o Nordeste em suas visitas, Lula justificou a escolha, destacando a receptividade da região e sua importância como um teste inicial para medir sua influência nas pré-campanhas. Contudo, a decisão de não visitar oito estados desde o início do terceiro mandato, incluindo Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral, tem gerado insatisfação e cobranças de correligionários de outras regiões.
O presidente também aproveitou as viagens para negociar a presença do PT em disputas locais, como o encontro com o prefeito João Campos (PSB) em Recife, onde os petistas buscam emplacar o vice na chapa do pessebista. Apesar das críticas e cobranças, Lula parece focado em sua agenda, buscando equilibrar a entrega de obras relevantes com as demandas políticas e eleitorais do partido.
Com Informações de Poder 360