Paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro, é indiciado pela PF em investigação sobre tentativa de golpe
O paraibano e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tércio Arnoud Thomaz, está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Ele foi indiciado nesta quinta-feira (21) no inquérito que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o relatório da PF, Tércio estaria envolvido em crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa, que teriam como objetivo subverter a ordem constitucional do país.
Tércio aparece entre os 37 nomes indiciados pela PF, incluindo o ex-ministro da Defesa Braga Netto, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o próprio Jair Bolsonaro. A investigação aponta que os acusados articularam ações para minar a democracia e promover um ambiente favorável à ruptura institucional.
O paraibano, que foi suplente de Bruno Roberto na chapa ao Senado em 2022 pelo Partido Liberal (PL), já tinha o nome envolvido em outras denúncias, incluindo suspeitas de operar perfis falsos em redes sociais durante seu expediente no Palácio do Planalto.
Tércio nasceu em Campina Grande e foi descoberto por Carlos Bolsonaro entre 2013 e 2014 após a página “Bolsonaro Opressor” no Facebook ter ganhado visibilidade. A página era usada para memes em prol do então deputado federal e para fazer elogios a Jair Bolsonaro.
Com a vitória de Bolsonaro na eleição de 2018, ele também foi um dos primeiros a ser nomeados como assessor especial da Presidência com um salário de quase R$ 14 mil, mesmo sem experiência prévia em política.