PERGUNTAS QUE VALEM UM MILHÃO: Especialistas opinam sobre as grandes dúvidas da política paraibana
Com a proximidade das eleições deste ano é crescente a preocupação dos especialistas sobre questões cruciais que envolvem a política. Na Paraíba, especialmente, o clima nos bastidores está agitado, e muitas perguntas estão surgindo e ganhando mais força com a proximidade da disputa.
Uma delas é se o PT vai lançar Cida Ramos ou Luciano Cartaxo na cidade de João Pessoa. A deputada tem recebido inúmeros apoios nos últimos dias. Recentemente, os agrupamentos da CNB PT PB declararam, em nota, que querem tê-la como candidata. Em resposta ao movimento, Cartaxo viajou para Brasília para encontrar a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. A definição do embate interno só deverá ter um desfecho no mês de março, conforme informações apuradas pelo Blog.
Outra questão é se Ricardo Coutinho será candidato em 2024. No ano passado, em julho, o nome do ex-governador foi indicado pela executiva municipal da Federação “Fé Brasil”, composta pelo PT, PCdoB e PV, para entrar na disputa por Santa Rita. Apesar dessa intenção, Ricardo Coutinho adotou o silêncio, preferindo se abster de discussões políticas envolvendo sua possível pré-candidatura.
Além disso, nas últimas semanas, o cancelamento da vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou especulações da mídia e do público em geral. Desde sua vitória em 2022, o petista não tem aparecido na Paraíba com frequência como faz em outros estados. Após ser eleito para seu terceiro mandato, o presidente só visitou o solo paraibano uma única vez, quando realizou a inauguração do Parque Eólico no município de Santa Luzia, ao lado de João Azevêdo.
E por falar em João, ele tem sido tema recorrente na política local, desde que assumiu seu interesse em disputar o Senado em 2026. Com o encerramento do segundo mandato, ele não pode mais se reeleger e, portanto, tem que escolher um novo caminho para sua trajetória política. A possível candidatura já ganhou apoio de muitos aliados do PSB e de partidos que compõem a base do governo, entre eles o Republicanos, do deputado federal Hugo Motta.
Já em Campina Grande, a Rainha da Borborema, Romero Rodrigues tem tirado o sono de muita gente. O deputado federal vem sendo “namorado” pela oposição e situação da cidade. Bruno Cunha Lima enxerga nele um grande aliado, e espera firmar uma aliança com o ex-prefeito, o que seria um grande passo para seu projeto de reeleição. Por outro lado, o grupo oposicionista, liderado por João Azevêdo, espera lançar o ex-prefeito como candidato, já que seria o nome com maiores chances de desbancar o favoritismo de Bruno.
Por último, o questionamento mais pertinente da política paraibana nos últimos meses, é quem serão os nomes do segundo turno na capital. Até o momento, quatro pré-candidaturas aparecem postadas para a disputa: Cícero Lucena (PP), Ruy Carneiro (Podemos), Marcelo Queiroga (PL) e Celso Batista (PSOL). A definição do partido do presidente do Lula será divulgada após o Carnaval, após a realização de prévias internas para definir, entre Cida e Cartaxo, o nome que vai concorrer à Prefeitura. Fora estes citados, Nilvan aparecia como potencial candidato, mas desistiu da candidatura para disputar as eleições em Santa Rita.
E, assim, para ilustrar todas essas questões, o Blog entrevistou professores acadêmicos em busca de compreender melhor toda essa situação. Confira abaixo:
Flávio Lúcio: “Uma possibilidade que se abre com maior força é a candidatura de Aguinaldo Ribeiro (ao Governo do Estado)”
Flávio Lúcio – Professor Associado do Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba onde ministra aulas e orienta. Possui graduação em História pela Universidade Federal da Paraíba (1993), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2002).
Segundo Flávio, existe um certo favoritismo para Cida Ramos ser a candidata do PT nas Eleições de 2024. “Baseado no que eu tenho escutado, conversado com pessoas ligadas ao partido, a exemplo de dirigentes e lideranças do PT, existe um grande equilíbrio entre as duas candidaturas (Cida e Cartaxo). Eu diria que existe um leve favoritismo para Cida Ramos, porque ela tem apoio das principais forças internas do PT. É uma liderança que tem um vínculo maior com os movimentos sociais, apesar de ter voltado para o PT mais recentemente com o grupo de Ricardo Coutinho, enquanto que Luciano Cartaxo, em razão da maneira como ele saiu do PT, em razão de situações pregressas anteriores, há muita desconfiança em relação à sua postulação. Porém, mesmo assim, por conta do seu desempenho nas pesquisas, a sua candidatura não pode ser descartada. Mas eu diria que há um equilíbrio com um leve favoritismo para Cida Ramos”.
Além disso, o professor argumenta que Lula não está tão presente na Paraíba devido à base do governador. “Eu acho que tem questões, impressões internas e forças aqui na Paraíba que se opõem ao governador João Azevedo. E, claro, Lula, o presidente vindo a Paraíba, terá que necessariamente ser recebido pela maior autoridade que é o governador.
Normalmente, toda obra do governo federal tem uma contrapartida do governo estadual, ou maior ou menor, enfim, em grande medida é o governo, dependendo da obra que conduz, que faz o projeto, enfim… Tudo passa, como republicanamente deve ser, nessa relação entre governo do Estado e governo federal.
Quem mais se destaca e quem organiza a visita junto com a Presidência da República é o governo do Estado, tudo tem que combinar. Então, entre os políticos de oposição que, mesmo não tendo votado em Lula, passaram a compor a base parlamentar do governo no Congresso, existe uma oposição mais marginal. Mas, claro, como fazem parte da base do governo, eles teriam interesse de também participar dessa atividade.
Então, eu acho que eu atribuo essa ausência de Lula à base. Da base aqui na Paraíba, há pressões que provavelmente existem para que Lula não venha, ou não venha com muita recorrência, como ele vem em outros estados, como Pernambuco, por exemplo, que é governado por uma política do PSDB, Raquel Lira. Enfim, eu atribuo a isso, porque é o que explicaria essa dificuldade que Lula tem de vir à Paraíba”.
A respeito de uma possível candidatura de Ricardo, o professor supõe que ele não voltará para disputar a eleição neste ano. O mais provável, segundo Flávio, é que ele apareça em 2026.
“Ricardo Coutinho está em Brasília, para onde foi logo após a eleição, né?! Mantendo-se à distância, acompanhando os acontecimentos, sobretudo relativos ao PT. Teve uma eleição à presidência municipal do PT e agora as articulações, as conversas, o lançamento da candidatura própria, a decisão de quem vai ser o candidato do PT aqui em João Pessoa.
Acredito que ele tem dado mostras de que não pretende disputar nenhum cargo na eleição de 2024. Falou-se na possibilidade dele ser candidato à prefeito de Santa Rita, coisa que eu nunca acreditei. É uma disputa que, apesar dele ter mostrado um bom desempenho nas pesquisas, é uma eleição de risco, é uma eleição dura.
Ele venceu em Santa Rita para senador, agora para prefeito é outra eleição e outros personagens. E essa eleição em Santa Rita estadualizaria o debate político em Santa Rita, então as forças políticas econômicas iriam observar mais de perto e se envolver mais diretamente na eleição na cidade. Então, eu acredito que Ricardo Coutinho não esteja pensando em correr esse risco de votar a política e ter uma nova derrota, que seria talvez fatal para a carreira política dele.
Então, eu acho que Ricardo se prepara para 2026. Imagino que ele vai observar o quadro para ver como vai se posicionar, para que cargo ele vai se lançar. Eu suponho que Senado ou mais provavelmente deputado federal”.
Sobre João concorrer ao Senado, ele diz que é necessário avaliar a situação do cenário e ressalta que muita coisa pode mudar até as eleições. “Sim, acho que é o projeto do governador. Como acontece com 100% dos governadores que estão terminando. Todo governador que está nessa condição almeja sair do governo se elegendo senador. Agora, até 2026 muita coisa vai mudar, existem algumas questões. Ele mesmo tem dito que vai depender de como os acordos, a montagem da chapa, as condições políticas vão se desenvolver até lá. A unidade da sua base política também é fundamental. A saída de João vai criar um novo fator político que pode reorganizar essa base política.
Acho que em 2026 a força política dele vai estar ainda maior do que já é. Com o amadurecimento do governo, inauguração de obras, etc… vai aumentar, dar uma dimensão maior e uma influência maior ao governador. Porém, fora do governo, ele perde o controle da agenda política, da agenda governamental, da agenda econômica, e isso acaba tendo um impacto significativo.
Suponho que uma questão que precisa ser resolvida é o novo grupo político com a saída de João. Pode ser a reeleição com Lucas Ribeiro ou, numa possibilidade que eu imagino ser a mais (…), que se abre com maior força, é a candidatura de Aguinaldo Ribeiro, ou seja, Lucas Ribeiro apoiaria o Tio, mas isso é uma possibilidade, não dá para a gente antecipar com certeza o que vai acontecer, mas a renúncia de João para disputar o Senado implicaria na ascensão de Lucas Ribeiro ao governo, que teria a possibilidade de disputar a reeleição para mais quatro anos.
Agora, precisa levar em conta também a capacidade política de regimentação eleitoral. O que seria mais viável, mais factível, mais politicamente factível, realizável? A candidatura de Lucas Ribeiro, que é um cara jovem, com outro perfil, com uma visão mais renovada da política, ou Aguinaldo, que é um político já experimentado, um político que está na vida pública há mais de duas décadas? Então precisa ver como o eleitor vai reagir nessa circunstância. No caso de João Azevedo, eu acho que ele vai avaliar essas condições, vai levar em conta a acomodação do PSB no futuro.
Além disso, é a primeira vez que o PSB vai estar fora ou da prefeitura de João Pessoa ou do governo do Estado, majoritariamente. E acredito que não deve ser descartada a hipótese de João Azevedo ficar no Governo do Estado. Isso é uma questão que vai levar, depois de 2024, um tempo para ser maturada e a gente vai ter que observar isso de perto. Acho que a preço de hoje, como se diz normalmente, é que João é candidato a senador. Não sei se daqui a um ano e meio, dois anos, essa realidade vai se manter, mas acredito que vamos ter que acompanhar para ter uma resposta sobre isso.”
O professor ainda destaca que é difícil relatar quais são os prováveis candidatos que vão para o segundo turno, mas crava que a eleição em João Pessoa já tem um favorito.
“Nós podemos dar uma resposta a partir do quadro que nós temos hoje, a partir das pesquisas que temos acesso. Então, a primeira constatação é que Cícero Lucena estará no segundo turno. Ele é o prefeito, tem uma ampla base de apoio, a máquina da prefeitura, do governo do Estado, a grande parte dos vereadores, enfim… Todas as condições apontam. Normalmente, Cícero estará no segundo turno. Se vai ter segundo turno, isso é uma hipótese que precisa ser observada. E a saída de Nilvan Ferreira para disputar a prefeitura de Santa Rita abre um espaço maior, abre a possibilidade de Cícero se reeleger.
Se acontecer a unificação da extrema-direita em uma pessoa, eu diria que a candidatura nesse quadro de divisão se apresenta também no candidato do PT. Além disso, com essa unificação, eu acredito que a candidatura de Marcelo Queiroga se torna favorita para o segundo turno. Claro, você ainda tem que observar a campanha, o que é que cada um vai dizer, os erros que poderão cometer, tropeços, é difícil a gente projetar isso.
É difícil que Cícero não vença essa eleição. Observe aí, desde que a reeleição foi criada no Brasil, nenhum prefeito de uma cidade deixou de se reeleger, nenhum. O próprio Cícero, começando por ele, depois Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, e agora Cícero enfrentará essa disputa em condições extremamente favoráveis. Caso ele enfrente o bolsonarismo em João Pessoa, nas condições que nós temos hoje, a tendência seria ele compor uma ampla frente para enfrentar o bolsonarismo, então isso facilitaria seu projeto de reeleição, e se enfrentar ao PT, por exemplo, no segundo turno, eu diria que seria ainda mais fácil a missão de Cícero.
O sentimento antipetista tenderia a votar em Cícero Lucena no segundo turno. Ruy Carneiro é um candidato que ainda precisa medir como vai ser o desempenho dele. Além disso, é preciso ver se Ruy ainda terá a capacidade que demonstrou ter em 2020, quando cresceu na reta final e chegou a ameaçar. Acho que uma semana de campanha a mais, teria ultrapassado Nilvan Ferreira e teria sido ele a enfrentar Cícero Lucena no segundo turno.
Acho que Ruy é um candidato que ameaça mais por conta de ser ele, apesar de um conservador. Ele quebraria um pouco essa disputa, e acho que é um que pode realmente ameaçar Cícero. Mas, mesmo assim, no segundo turno com Cícero, e Cícero com apoio de João Azevedo e o PT que tenderia a apoiar também, seria uma disputa difícil para Ruy Carneiro. Enfim, é muito difícil ele (Cícero Lucena) perder essa eleição. O quadro aponta. Agora, política é difícil. A gente sabe como a campanha começa, entre a convenção e a eleição tem uma campanha no meio. E aí, quando tudo muda, certos acontecimentos podem alterar o rumo de uma mudança eleitoral. Já aconteceu muitas e muitas vezes isso. No geral, as condições são muito favoráveis à reeleição de Cícero.”
O professor concluiu afirmando que existe uma grande possibilidade de Romero ser candidato em Campina Grande.
“Tudo aponta para isso, apesar das indefinições. Estamos próximos de saber desse fecho, dessa dúvida, desse embate em Campina Grande. Eu acredito que tudo caminha para Romero ser candidato. Eu acho que ele tem dado passos nessa direção. Eu acho que ele está observando essa ruptura, esse rompimento com o grupo Cunha Lima em Campina Grande, o efeito político que isso possa ter, né?! Isso é sempre algo a ser levado em consideração, porque Romero desde que entrou para a política pertence a esse grupo. Esse grupo está em reestruturação.
Eu acho que o fato de como Bruno Cunha Lima geriu a administração e a política também, contribuiu muito para essa condição. Acho que cada um tem uma personalidade, cada político tem uma personalidade e essas características pessoais acabam sendo importantes nos delineamentos políticos. Acho que o estilo do prefeito de Campina impacta na maneira de administrar, gerar a cidade. Isso gera essa condição, essa possibilidade de rompimento. E não é um rompimento qualquer.
Romero ainda é hoje a maior liderança individual de Campina Grande. A eleição de 2022 mostrou isso. Agora, se caso aconteça (rompimento), o Romero se torna favorito para ganhar a eleição em Campina Grande. Agora, é aquela história. O que deixa em dúvida é a trajetória recente. Romero é uma pessoa que estimula muito a dúvida em relação ao seu comportamento. Ele avança e depois recua. Então, vamos ver. Mas eu acredito que as condições estão dadas para Romero ser o candidato mesmo a prefeito de Campina Grande, com apoio do PSB e também de todos os partidos que estão na órbita do PSB, no plano estadual de Campina Grande. Romero, se for candidato, vai ter o apoio não só do governo, do partido do governador, mas daquela frente (Fórum Pró Campina) que se reúne em Campina Grande no esforço de organização para tentar lançar candidatura própria.”
Hélio Ázara: “Ele (Ricardo) ainda tem lenha para queimar”
Hélio Ázara – É professor de Filosofia na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Concluiu seu doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 2012) e possui graduação e mestrado em Filosofia pela mesma universidade.
Para Hélio, o PT deverá escolher um nome de maior renome dentro do partido. “Cida é um nome de um nicho muito específico, Cartaxo tem uma história maior no partido e no Estado, é um nome mais competitivo”.
Hélio acredita que Lula virá a Paraíba e destaca que governo anterior era quem tinha repulsa ao Estado. “Não há um motivo de ele não vir, o público do interior da Paraíba é consolidado, e creio que ele virá se reencontrar com esse público em momento oportuno. Parte da imprensa procura explorar episódios particulares como se fosse uma “ausência”, mas creio que não há problema com a Paraíba, quem tinha repulsa à Paraíba era o governo anterior”.
A respeito de Ricardo, o professor frisa que ele ainda tem chances na disputa, caso queira ser candidato. “Houve uma “lava jato” local, um processo de interferência para que ele estivesse fora do baralho, creio que ele ainda tem capital político, diminuído, mas ainda tem lenha para queimar.”
Hélio também ver como viável a candidatura de João ao senado em 2026. “Creio que sim, ele é um nome forte na Paraíba. Não há motivo para ele não ser candidato à algo importante no cenário nacional.”
Sobre a disputa em João Pessoa, Hélio afirma que a polarização das últimas eleições vai ser refletida na Capital. “Um nome do PT e um nome da nova direita, essa dualidade entre Bolsonarismo e Lulismo deve perdurar alguns anos, não vejo como fugir disso.”
Por sua vez, em Campina Grande, o professor enfatiza que a família Cunha deve ditar as peças do jogo em 2024. “Creio que o celeiro é ainda da Família Cunha Lima, e a política local é fluída, antigos inimigos de ontem são aliados de hoje, imprevisível o cenário de Campina… Há uma família que domina a cena… eles tem que dar o aval aos aliados e inclusive aos rivais”.
Ítalo Fittipaldi: “A Paraíba não tem densidade eleitoral no plano nacional”
Ítalo Fittipaldi – É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Relações Internacionais e também docente do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional da UFPB. Ele possui doutorado e mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Pernambuco.
De acordo com Ítalo, a candidata Cida Ramos sai na frente na disputa por João Pessoa, embora uma mudança possa acontecer mediante ao diretório nacional da legenda. “A divergência entre o diretório estadual e municipal do PT parece favorecer Cida Ramos como candidata do partido no próximo pleito municipal. Contudo, o papel do diretório nacional quanto às eleições municipais pode reverter o quadro de lançamento de candidaturas petista nas capitais”.
Em relação a Lula, o professor argumenta que “o estado da Paraíba não tem densidade eleitoral no plano nacional e as lideranças locais consolidadas são de centro-direita ou de extrema-direita, o que faz que a imagem presidencial acrescente pouco às lideranças estaduais à esquerda do espectro ideológico”.
No tocante a Ricardo, Ítalo diz que ainda é impossível definir uma candidatura do ex-governador. “A volta de Ricardo Coutinho, ou não, é uma grande incógnita. Sua imagem ainda se encontra muito maculada junto ao eleitorado”.
O docente também acredita na possibilidade de João lançar seu nome ao senado em 2026. “Com base nas informações de bastidores que circulam hoje, o governador sairia candidato ao Senado”.
Já na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, Fittipaldi considera os nomes de Cícero e Ruy como os mais viáveis na majoritária. “Considerando a construção atual das candidaturas, é provável que o segundo turno em João pessoa seja entre Cícero Lucena e Ruy Carneiro”.