Blog Gutemberg Cardoso

FAKE NEWS
Com medo da rejeição entre jovens Bolsonaro afirma que Lula vai controlar uso de celulares no país

Bolsonaro que acumula uma taxa de rejeição de 67% entre jovens de 16 a 29 anos, usa de Fake News para iludir os jovens afirmando que Lula irá controlar o uso de celulares. Em mais uma tentativa de mudar o cenário cada vez mais desfavorável à sua reeleição, o Presidente através de conversas com apoiadores, afirma que: Ele [referindo-se aos adolescentes] vai para a escola sem a mochila, mas não vai sem o celular…. Agora, pergunta se o jovem lá de Cuba, da Coreia do Norte… Ou da Venezuela, agora, tem celular…”

O presidente usa o projeto petista de “controle social da mídia” que fala sobre a regulamentação de ações dos grandes veículos de comunicação a exemplo do direito de resposta, para enganar os jovens fazendo acreditar que o controle de mídias seria uma forma de “proibir” ou até espionar as redes sociais como Whatsapp e Instagram. A liberdade no uso de smartphones é uma estratégia que pretende mudar o cenário de rejeição que o atual presidente tem junto aos jovens. Na pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha no último dia 27 de julho, aponta que o Ex presidente Lula teria uma rejeição de apenas 32% contra os 67% de Bolsonaro.

Recentemente Bolsonaro afirmou que a fala de Lula  de “democratizar [a mídia]” seria um jeito bonito pra mascaras o que segundo Bolsonaro seria uma forma de censura comparando com o regime socialista cubano.

“Quem é que tem falado que vai controlar a mídia aí… Quem é que tem falado que vai censurar a mídia, vai democratizar a mídia… Bonito, né, democratizar… (…) Vocês que têm que fazer a cabeça dessa garotada aí, não sou eu”.

O presidente vai além e erroneamente afirmou que seu governo é responsável por garantir “a liberdade” de uso do celular. De acordo  com a legislação brasileira, quem determina os direitos e os limites à informação é a constituição em seu Artigo5º, e não o Presidente.

“Dá para chegar cada um no seu filho… Olha, a sua liberdade passa por aqui [mostrando o celular]. Tem gente que quer controlar isso daqui. Quem está garantindo, até o momento, isso funcionar sou eu”

E quem garante o acesso aos dados dos celulares são as empresas de telefonia sob a supervisão da Anatel (Órgão ligado ao Ministério das comunicações, mas com administração independente do Governo) . Em entrevista recente na Cidade de Juiz de Fora, Bolsonaro foi ainda mais claro com suas intenções ao associar o interesse dos jovens com os celulares e suas escolhas políticas no próximo pleito.

“Algo mais importante que a nossa vida, pessoal, é a nossa liberdade… O homem ou uma mulher, presos, não têm vida. O jovem sem o celular não consegue viver mais. E parece que alguns querem eleger um carrasco para a sua vida”, com alvo direto para Lula.

Em todas as oportunidades que discutiu sobre o tema, Lula sempre destacou sua preocupação quanto ao fato de que nove famílias no Brasil são donas de todos os principais veículos de comunicação, sendo assim, deveriam ser fiscalizadas não pelo Governo, mas por toda a sociedade civil.

“ A verdade é essa: nós temos nove famílias que são donas de quase todos os meios de comunicação neste país. Então, é possível que a gente possa abrir um pouco mais a participação” Falou Lula Em entrevista à rádio Piracicaba no mês de junho.

De acordo com dados apurados pelo Portal UOL, esse discurso de que Lula estaria tentando “tirar dos jovens o celular” vem sendo estratégia de campanha com esse público a  aproximadamente um mês.

Blindado

Com o manto do foro privilegiado, o presidente continua a propagar mentiras, mesmo sob investigação no inquérito das fake News espalhando inverdades sobre o STJ,  já chegou a afirmar que se ele contar mentiras, acredita quem quer.

Por outro lado, a estratégia Petista é de não responder as mentiras do atual presidente, nem responder suas provocações,  e assim não “fazer o jogo dele”, uma vez que reagir a esses conteúdos ajudaria a ampliar ainda mais o alcance e engajamento (no caso das redes sociais) dessas informações falsas.