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Pesquisadora de extrema direita diz ter sido desligada da equipe após confrontar jornalista da Globo; ENTENDA

Nesta segunda-feira (13), uma polêmica envolvendo a jornalista Daniela Lima e a pesquisadora da USP, Michele Prado, agitou as redes sociais. A jornalista, conhecida nos bastidores da cobertura de mídia como “Datena da Globo”, por dar notícias sensacionalistas, esteve no centro de mais uma polêmica.

Prado confrontou uma reportagem veiculada na GloboNews, na qual questionou a classificação de discursos como desinformação. Segundo ela, o grupo de pesquisa Monitor do Debate Político no Meio Digital não categorizou os discursos como desinformação, mas sim como sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais, ressaltando que a análise foi estritamente quantitativa.

“Nosso grupo de pesquisa Monitor do Debate Político no Meio Digital não classificamos se eram desinformação, fake news, ou queixas legítimas. O percentual é referente só e somente aos discursos com sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais. Fizemos apenas análise quantitativa de sentimentos antigovernamentais e anti- institucionais sem classificar como desinformação ou qualquer outra coisa”, disse Michele.

Michele Prado, na rede social X.

O embate ganhou ainda mais destaque quando o Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, mencionou em uma plataforma online o aumento significativo do que ele classificou como fake news desde o início de uma tragédia no Rio Grande do Sul, citando um acompanhamento feito pela USP.

Em resposta, Prado questionou o ministro e logo em seguida afirmou ter sido desligada do grupo de pesquisa da USP após corrigir a jornalista Daniela Lima e denunciar suposto assédio moral por parte da profissional.

Michele Prado questiona ministro Paulo Pimenta. Logo em seguida, ela explicou o motivo do questionamento.

Comunicado de Michele Prado, da USP, que privou suas redes sociais após o imbróglio.

Procurada para dar maiores informações e detalhes sobre sua saída da equipe da USP, Michele Prado não respondeu e privou suas redes sociais. A polêmica levanta questionamentos sobre a relação entre jornalismo, pesquisa acadêmica e disseminação de informações, evidenciando a importância do debate sobre ética e responsabilidade na comunicação.