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PF indicia Bolsonaro no caso de vendas de joias sauditas

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no âmbito da investigação relacionada a venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A defesa do ex-presidente diz que ainda não teve acesso ao inquérito.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou outras 11 pessoas.

Veja a lista de indiciados:

Conclusão

O inquérito, aberto no início do ano passado, foi concluído e relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (3).

Agora, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte, vai pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso. A PGR pode, então, apresentar denúncia contra os indiciados ou devolver o inquérito à PF com um pedido para mais investigações ou pelo arquivamento do caso.

Cooperação com FBI

Uma equipe da PF viajou aos Estados Unidos durante duas semanas e voltou com os elementos que faltavam para finalizar o inquérito das joias. A força policial contou com cooperação internacional do FBI.

Após visitarem quatro cidades norte-americanas, os agentes colheram, entre outras provas, imagens de câmeras de segurança das lojas onde, por exemplo, foram negociados relógios.

A PF buscou ainda elementos da “operação resgate”, como foi chamada a organização feita para recomprar um relógio que havia sido vendido após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). Documentos — como anotações, notas fiscais e fotos — também foram confiscados, com autorização das autoridades norte-americanas.

*Com informações da CNN