Uma série de revelações recentes trouxe à tona uma estratégia orquestrada para inviabilizar que nordestinos votassem nas últimas eleições, na investigação da PF, Anderson Torres, Silvanei Vasques (preso ontem) teriam elaborado um plano de ação, “Silvanei Torres” em matéria publicada pelo jornalista, leonarod Sakamoto do UOL, publicado nessa nesta quinta-feira (10). Esse plano, discutido entre o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, levanta questionamentos sobre como Bolsonaro via os nordestinos no contexto político.
Mas Bolsonaro e aliados, incapazes de tentar mudar pontos de vista através de discursos e debates, partiram para impedir que a expressão eleitoral dessas opiniões acontecesse, colocando um contingente nas estradas muito maior do que o padrão adotado no resto do país. Era preciso frear o Nordeste.
“Inquérito da Polícia Federal sobre o caso aponta que o setor de inteligência do Ministério da Justiça fez um levantamento dos locais onde o petista foi mais votado para subsidiar bloqueios de estradas no segundo turno. Não só isso, como Torres viajou à Bahia para pedir apoio da superintendência da PF local à ação da PRF.” Afirmava Sakamoto na matéria do UOL.
As informações indicam que Mauro Barbosa Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, esteve envolvido em bloqueios de estradas em áreas onde o ex-presidente Lula teve bom desempenho na primeira fase das eleições. Isso poderia ter sido uma tentativa de atrapalhar seus eleitores no segundo turno.
Agora, as investigações da Polícia Federal estão analisando se Bolsonaro estava ciente e aprovou esse plano. Isso levanta preocupações sobre declarações anteriores de Bolsonaro que pareciam mostrar preconceito contra o Nordeste.
Isso é ainda mais evidente quando lembramos que Bolsonaro fez comentários polêmicos sobre a região em uma transmissão ao vivo. Ele pareceu menosprezar o Nordeste, sugerindo que os estados da região tinham menos cultura e educação em comparação com outras partes do Brasil.
Essas atitudes também parecem ser compartilhadas por outros líderes políticos. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que recentemente se envolveu em mais uma polêmica em torno de xenofobia com o nordeste.
Comparou o Nordeste a “vaquinhas que produzem pouco”, contrastando com Sul e Sudeste que, segundo ele, “produzem muito”. Tais comentários contribuem para a divisão no cenário político.
A história fica mais complexa com a revelação de que houve uma coleta de informações sobre áreas onde Lula tinha forte apoio nas eleições. Essas informações foram usadas para implementar bloqueios de estradas. A Polícia Federal está buscando documentos das autoridades americanas para verificar essas alegações.
Tudo isso sugere que a visão de Bolsonaro sobre o Nordeste não era apenas retórica, mas algo que influenciou suas ações. Essas ações parecem ser um esforço para influenciar as eleições e limitar a voz dos eleitores do Nordeste.