O paraibano Tércio Arnaud, antigo assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido pela Polícia Federal no inquérito das fake news, nesta quinta-feira (3). Ele é apontado como um dos integrantes do chamado ‘gabinete do ódio’, um núcleo criado pelo governo Bolsonaro para gerar desinformação nas redes sociais.
Tércio negou que a estrutura para espalhar fake news e atacar adversários políticos existisse na gestão anterior. O ex-assessor também não reconheceu parte dos nomes questionados.
Ele trabalhou com o ex-presidente durante quase todo o mandato. Atualmente, Tércio ocupa um cargo no PL (Partido Liberal).
O depoimento durou cerca de uma hora na sede da PF, em Brasília. Tércio é investigado no inquérito das fake news instaurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A apuração já completou mais de seis anos.
Na saída da oitiva, o advogado Eduardo Kuntz afirmou que Tércio se colocou à disposição para os esclarecimentos e que o depoimento faz parte de novas diligências.
“Ele foi chamado hoje como investigado, não como testemunha, para explicar principalmente sobre o gabinete do ódio. Assim como fez na CPI (das fake News), se colocou à disposição para novos esclarecimentos. Parece que é por conta das novas diligências que foram abertas no próprio inquérito das fake news e faz parte disso ouvir os investigados, entre eles agora o Tércio”, comentou.