PF questiona paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro sobre apoiadores no gabinete do ódio

O paraibano Tércio Arnaud, antigo assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido pela Polícia Federal no inquérito das fake news, nesta quinta-feira (3). Ele é apontado como um dos integrantes do chamado ‘gabinete do ódio’, um núcleo criado pelo governo Bolsonaro para gerar desinformação nas redes sociais.

Tércio Arnaud Tomaz foi questionado pela PF (Polícia Federal) sobre o suposto envolvimento de parlamentares e blogueiros apoiadores do ex-presidente no chamado “gabinete do ódio”.
Os investigadores questionaram sobre a participação de cerca de 11 pessoas no suposto gabinete. Entre eles, o de Olavo de Carvalho, blogueiro morto em 2022, além das deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) e o empresário Luciano Hang.

Tércio negou que a estrutura para espalhar fake news e atacar adversários políticos existisse na gestão anterior. O ex-assessor também não reconheceu parte dos nomes questionados.

Ele trabalhou com o ex-presidente durante quase todo o mandato. Atualmente, Tércio ocupa um cargo no PL (Partido Liberal).

O depoimento durou cerca de uma hora na sede da PF, em Brasília. Tércio é investigado no inquérito das fake news instaurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A apuração já completou mais de seis anos.

Na saída da oitiva, o advogado Eduardo Kuntz afirmou que Tércio se colocou à disposição para os esclarecimentos e que o depoimento faz parte de novas diligências.

“Ele foi chamado hoje como investigado, não como testemunha, para explicar principalmente sobre o gabinete do ódio. Assim como fez na CPI (das fake News), se colocou à disposição para novos esclarecimentos. Parece que é por conta das novas diligências que foram abertas no próprio inquérito das fake news e faz parte disso ouvir os investigados, entre eles agora o Tércio”, comentou.