No dia 29 de setembro, Antônia Araújo foi vítima de um homicídio na zona Oeste de Boa Vista, capital de Roraima, ao ser atingida por um disparo na cabeça. Até o momento desta reportagem, o G1 não obteve resposta ao tentar entrar em contato com o ex-senador.
Nesta segunda-feira (30), a Polícia Civil de Roraima iniciou uma operação para prender o ex-senador Telmário Mota, suspeito de envolvimento no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, mãe de sua filha. Antônia foi morta com um tiro na cabeça em setembro deste ano, quando saía para trabalhar em Boa Vista.
A operação também tem como alvo outros envolvidos no assassinato, incluindo um sobrinho do senador e um dos executores do crime.
O ex-senador Telmário Mota é acusado de ter ordenado o assassinato de Antônia. Em 2022, ele concorreu ao cargo de senador pelo partido PROS, que foi incorporado ao Solidariedade em fevereiro deste ano. A legenda ainda não se manifestou sobre o caso.
Mandado de prisão
O mandado de prisão contra Telmário Mota, o sobrinho dele Harrrison Nei Correa Mota, e Leandro Luz, que atirou em Antônia, foi expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, assinado pela juíza Lana Leitão Martins.
A operação cumpriu três mandados de prisão e sete de buscas e apreensão, com apoio da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado.
Além do ex-senador, um sobrinho dele e um dos executores do assassinato, a assessora de Telmário também é alvo da operação. Ela foi vista entregando a moto usada pelos assassinos no dia do crime e agora está proibida de manter contato com os demais investigados e deve usar tornozeleira eletrônica.
O ex-senador é suspeito de ter ordenado o assassinato de Antônia após a filha o ter acusado de estupro. A juíza responsável pelo caso destacou que Antônia era “testemunha chave neste processo” e que a sua morte “certamente beneficiaria Telmário”.