A Câmara Municipal de Bayeux deve votar nesta sexta-feira (18) as contas referentes ao exercício de 2020 dos ex-prefeitos da cidade. No decorrer daquele ano, três gestores passaram pela administração municipal: Jefferson Kita, Luciene de Fofinho e Berg Lima. O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) aprovou as contas de Kita, mas emitiu parecer pela reprovação das gestões de Luciene e Berg no mesmo período.
O julgamento das contas ocorre em meio a uma forte pressão política. De acordo com fontes ligadas ao Legislativo, o marido da ex-prefeita Luciene tem atuado diretamente junto aos vereadores, oferecendo vantagens e pressionando parlamentares a votarem contra o parecer do Tribunal de Contas, que apontou diversas irregularidades na administração de sua esposa.
Além da reprovação das contas de 2020, Luciene Gomes também enfrenta sanções mais recentes. A 1ª Câmara do TCE, sob relatoria do conselheiro Antonio Gomes Vieira Filho, declarou irregular o Contrato Administrativo nº 00152/2022, firmado em sua gestão para projetos de iluminação pública e eficiência energética. O tribunal impôs à ex-prefeita um débito de R$ 5.360.928,07 a ser ressarcido aos cofres públicos.
Um levantamento preliminar aponta que, somente em 2021, a gestão de Luciene pode ser responsabilizada por um rombo de até R$ 40 milhões, valor que ainda será objeto de julgamento definitivo.
Enquanto isso, cresce a cobrança popular para que os vereadores acompanhem o parecer técnico do TCE e se posicionem em favor da legalidade. Movimentos sociais e lideranças comunitárias têm pressionado os parlamentares a manterem o voto alinhado com a decisão do órgão de controle, que é responsável por zelar pela correta aplicação dos recursos públicos.
A expectativa agora é sobre como cada vereador se posicionará diante da votação, que deve ter forte impacto político no município.