A executiva nacional do PSDB aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), o avanço das negociações para fusão com o Podemos. O novo partido ainda não tem nome nem número oficial, mas, enquanto o processo é finalizado, vem sendo tratado provisoriamente como “PSDB+Podemos”.
O próximo passo será a realização de convenções nacionais. O PSDB já marcou sua reunião para 5 de junho, e a expectativa é que o Podemos também se reúna nesse período. Apenas após essas etapas a nova sigla poderá solicitar registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante o mês de maio, dirigentes dos dois partidos vão trabalhar nos detalhes da nova legenda. Uma comissão conjunta será responsável por definir o nome definitivo, o número, o símbolo, o estatuto e o programa partidário.
Bancadas e impacto político
Se confirmada a fusão, a nova legenda deverá formar a sétima maior bancada da Câmara dos Deputados, com 28 parlamentares — entre eles Romero Rodrigues e Ruy Carneiro, ambos da Paraíba e atualmente filiados ao Podemos. O PSDB, hoje, não possui representantes paraibanos na Câmara.
No Senado, a união projetará a nova legenda como a quarta maior bancada, com sete senadores, empatando em tamanho com o União Brasil. No entanto, a Paraíba não terá representantes do novo partido na Casa.
Cenário na Paraíba
Localmente, a fusão tende a ser tranquila. Tanto PSDB quanto Podemos atuam na oposição ao governo João Azevêdo. Na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), os três deputados do PSDB — Camila Toscano, Tovar Correia Lima e Manuel Ludgério — já fazem oposição ao governo.