O Partido dos Trabalhadores (PT) da Paraíba ainda sonha em garantir presença em uma das chapas majoritárias que disputarão as eleições estaduais de 2026. A legenda realizou, neste sábado (8), um encontro estadual para debater as conjunturas nacional e local, com foco na reeleição do presidente Lula, considerada a prioridade número um do partido.
Na política paraibana, no entanto, o PT reconhece que precisará correr contra o tempo, já que outras siglas têm avançado nas articulações para as disputas majoritárias.
Atualmente, o partido é cortejado por dois grupos: o do MDB, do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que tem como principal aliado o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB); e o grupo da base governista de João Azevêdo (PSB), que trabalha a pré-candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro (PP).
Se não conseguir espaço em uma das chapas, os petistas pretendem, ao menos, participar ativamente do debate político.
“O objetivo é fortalecer as bancadas no Legislativo e assegurar, através de negociação e sem imposições, uma vaga para o PT na chapa majoritária”, afirmou a deputada estadual e presidente do partido, Cida Ramos, em nota divulgada pela legenda.
Segundo ela, o projeto do partido será pautado em um programa de governo desenvolvimentista e democrático, com foco em emprego e renda, além do diálogo direto com a população.
No campo governista, PP, Republicanos e PSB já montaram a base principal da aliança. Resta definir o nome para vice-governador, e as apostas apontam para o deputado Adriano Galdino (Republicanos).
Já o grupo de Cícero Lucena tem buscado aproximação com o PT, mas também mira uma aliança com o grupo Cunha Lima, o que poderia reservar ao partido a vaga para o Senado, ao lado de Veneziano Vital.
Durante o encontro, o PT também deliberou sobre outro ponto considerado essencial: a unidade interna. Um desafio que, segundo dirigentes, pode ser tão difícil de garantir quanto uma vaga na chapa majoritária de 2026.
