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“QUEIMEM AS ANTENAS”: Após incitação em grupos radicais, antenas de transmissão de energia são derrubadas no PR e RO

Segundo boletim do ONS, três ocorrências aconteceram entre o domingo e a segunda-feira

O sistema elétrico nacional sofreu ataques nas últimas horas com a derrubada de torres de transmissão de energia elétrica. A operação, porém, não foi afetada e o Sistema Integrado Nacional (SIN) não registrou problemas.

Torres foram derrubadas no Paraná e em Rondônia e, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há indícios de “sabotagem e vandalismo”.

As ocorrências aparecem em documentos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo boletim do ONS, três ocorrências aconteceram entre o domingo e a segunda-feira. Às 21h30 do domingo, dia 8, houve queda de uma torre de transmissão na linha de transmissão entre a Usina de Samuel e a cidade de Ariquemes, ambas em Rondônia.

A queda da torre gerou o desligamento da linha de transmissão, mas não houve consequência significativa para o sistema nacional, diz o ONS.

Logo após a meia-noite, às 00h13 da segunda, dia 9, foram registradas várias ações na linha de transmissão de Furnas que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ibiúna, em São Paulo.

Em uma sequência de torres, uma foi derrubada e outras três tiveram avarias. A ação aconteceu a cerca de 50 quilômetros de Foz do Iguaçu, no município paranaense de Medianeira.

Relatório da Aneel cita que “há indícios de vandalismo” nesse local. “Não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres”, menciona o documento.

Segundo o ONS, não houve consequência significativa para o sistema nacional da ocorrência no Paraná, e a normalização da operação está prevista para a sexta, 13.

Menos de 30 minutos depois, outra ocorrência, dessa vez na linha de transmissão do Complexo do Madeira, em Rondônia.A ação aconteceu nos mesmos moldes das anteriores, com a derrubada de uma torre.

Segundo o ONS, novamente não houve consequências significativas para o Sistema Integrado Nacional.

Segundo a Aneel, “há indícios de sabotagem” e o relatório da agência menciona que foram “cortados dois estais” – cabos de aço para a sustentação das torres.

Em nota, a agência informou que uma “rotina de acompanhamento foi criada nesta segunda-feira para verificar e atualizar informações sobre quaisquer eventos nos ativos e instalações do Ministério de Minas e Energia (MME)”.

O Ministério de Minas e Energia e demais órgãos do setor adotaram operação especial para acompanhar o tema.

Três torres de transmissão de energia elétrica caíram, com “indícios de vandalismo e sabotagem”, em diferentes locais do país, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

As quedas ocorreram entre a noite de domingo (8/1) e a madrugada de segunda-feira (9/1), após as invasões e atos de vandalismo em Brasília, mas não está claro se as quedas têm relação com o ocorrido na capital.

Não houve interrupção no fornecimento de energia.

Um gabinete de crise foi criado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), sob a coordenação da Aneel, para garantir a segurança do sistema elétrico após os episódios.

“Ao longo do trabalho de monitoramento, o Operador foi comunicado de quedas de torres, mas nesta época do ano de condições climáticas severas, o incidente pode ser considerado normal. Neste momento, as causas estão sendo investigadas pelos respectivos agentes”, disse o ONS.

O MME também foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

O que aconteceu?

A primeira queda ocorreu em Rondônia, na linha de transmissão entre Samuel (AC) e Ariquemes (RO), operada pela Eletronorte, às 21h30 de domingo.

Houve ainda uma “torção” em duas torres adjacentes, segundo a Aneel. O boletim da agência afirma que “há indícios de vandalismo”. Por sua vez, a Eletronorte afirmou que a torre foi “derrubada”, com “indícios de sabotagem”.

“A Eletronorte informa ainda que atua também no encaminhamento de informações e registro de ocorrência policial para que os órgãos competentes apurem os fatos e identifiquem os responsáveis”, disse a companhia.

A segunda queda, também com “indícios de vandalismo”, de acordo com a Aneel, foi registrada na cidade de Medianeira, no Paraná, na linha de transmissão operada por Furnas entre Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP).

Também foram danificadas três outras torres próximas. Segundo a agência, “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado a queda de torres”.

A terceira queda ocorreu às 00h40 na linha de transmissão do Complexo do Madeira, que conecta as usinas hidrelétricas de Jirau, em Porto Velho (RO), e Santo Antônio, em Sertãozinho (SP).

De acordo com a Aneel, a Evoltz, empresa responsável pela linha, informou que “há indícios de sabotagem” na queda da torre, após ter sido verificado o corte de dois estais (cabos que dão sustentação à estrutura).

De acordo com a ONS, não há previsão de quando a operação das linhas será normalizada após as quedas em Rondônia e na linha do Madeira. Na linha de Furnas, a expectativa é que isso ocorra até o próximo dia 13.

Após as quedas, foi criado um Gabinete de Acompanhamento da Situação do Sistema Elétrico, sob a coordenação da Aneel, para monitorar “informações referentes a qualquer tentativa de ataque ou efetivo vandalismo, tanto sob o aspecto de integridade física como também cibernética das instalações”.

A ONS também informou ao MME e à Aneel que passou a realizar uma “operação diferenciada para aumento da segurança eletroenergética”.

As medidas incluem aumentar o envio de energia entre regiões do país “visando minimizar ou mesmo evitar atuação dos esquemas especiais de proteção, sempre que possível”.