O vereador Raoni Mendes (DC) renunciou, nesta quinta-feira (18), à presidência da CPI dos Combustíveis da Câmara Municipal de João Pessoa. Segundo ele, a comissão foi paralisada por um requerimento “antirregimental e sem respaldo jurídico”, articulado por dois parlamentares, o que teria gerado um “impasse artificial”.
Raoni destacou que sua nomeação seguiu todos os trâmites legais, conforme o Parecer nº 102/2025 da Procuradoria da Câmara, e criticou as manobras que, em sua avaliação, comprometem a finalidade da CPI. “O uso desequilibrado e distorcido de mecanismos regimentais não fortalece esta Casa, pelo contrário, a fragiliza”, declarou.
Na primeira reunião da comissão, realizada na última segunda-feira (15), cinco dos sete vereadores membros apresentaram requerimento pedindo a saída de Raoni da presidência. O parlamentar já havia se posicionado contra a criação da CPI e negado a existência de cartel no setor de combustíveis da Capital.
Antes de formalizar a renúncia, Raoni entregou um plano preliminar de atividades e solicitou a participação do Ministério Público no acompanhamento dos trabalhos, que têm prazo regimental de 120 dias para serem concluídos.
“Renuncio para não ser instrumento ou cúmplice da transformação da CPI em espaço de vaidades e cortes para redes sociais que visam apenas engajamento, em detrimento da verdade que a sociedade merece conhecer”, afirmou.