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RISCO DE NOVA PANDEMIA: Com oito casos confirmados, o Brasil está preparado para a Gripe aviária?

Os traumas gerados pela pandemia do Covid 19 ainda podem geram medo e ansiedade. 15 milhões de pessoas morreram em todo o mundo sendo 700 mil só no Brasil segundo estimativas da OMS. O nosso país agora se prepara para um novo risco. Trata-se da influenza A, subtipo H5N1 mais conhecida como gripe aviária.

Nos últimos anos, tem crescido a preocupação com o risco da gripe aviária no Brasil. Essa doença, causada pelo vírus influenza A, subtipo H5N1, afeta principalmente aves, mas também pode ser transmitida para seres humanos, representando uma ameaça à saúde pública e à economia do país.

A gripe aviária apresenta riscos significativos, pois o vírus pode sofrer mutações e se tornar altamente patogênico, podendo levar a complicações graves e até mesmo à morte em casos de infecção humana. A transmissão para seres humanos ocorre principalmente pelo contato com aves infectadas ou com ambientes contaminados.

SINTOMAS

Em relação aos tratamentos, antivirais específicos podem ser utilizados. No entanto, é fundamental que o tratamento seja iniciado precocemente, idealmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

Os sintomas incluem febre, tosse, dor de garganta e, às vezes, doenças respiratórias graves e pneumonia.

Quanto aos cuidados, medidas de prevenção são essenciais. É importante evitar o contato direto com aves doentes ou mortas, bem como com suas fezes ou secreções. O preparo adequado dos alimentos, como cozinhar bem a carne de frango e ovos, também é fundamental para evitar a transmissão do vírus.

CONTÁGIO

O principal meio de contágio é o contato direto com animais infectados, no caso de gripe aviária ou Influenza A, a contaminação de avos se dá através de contato com outras aves migratórias.

Outro ponto importante é que o consumo de carne e ovos de aves contaminadas não oferece riscos à saúde.

Não há registros de contaminações em granjas comerciais no país

Recomenda-se não ter contato próximo com aves selvagens, como pássaros ou patos.

Outra preocupação das autoridades é que o vírus pode se adaptar para transmissão em humanos. A taxa de letalidade em humanos é de 50% podendo chegar a 66%. Vírus influenza, causador da gripe comum, possui uma capacidade de mutação muito maior do que a do novo coronavírus; última pandemia de influenza foi em 2009

Alguns estados brasileiros têm registrado casos confirmados de gripe aviária. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são exemplos de estados onde foram detectadas aves infectadas pelo vírus H5N1. As autoridades de saúde têm atuado de forma diligente para conter a disseminação e controlar os surtos, realizando ações de vigilância, monitoramento e sacrifício de aves infectadas.

Além dos riscos à saúde, a gripe aviária também traz preocupações para a economia do país. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango e ovos do mundo, e um surto de gripe aviária poderia ter impactos significativos na produção e no comércio desses alimentos. Restrições comerciais poderiam ser impostas por outros países, afetando negativamente o setor avícola brasileiro.

Diante desse cenário, é encorajador destacar que o Instituto Butantan anunciou recentemente a criação do primeiro lote-piloto de vacina para influenza A, incluindo o subtipo H5N1. Esse avanço é fundamental para fortalecer a capacidade de resposta do país em caso de surtos de gripe aviária e contribuir para a proteção da população.

“Iniciamos trabalhos para tentar achar um protótipo de vacina contra a gripe aviária em um esforço de vários pesquisadores do instituto. O Butantan tem que cumprir esse papel no Brasil, de cada vez mais se capacitar de uma forma estratégica para responder as demandas que vão aparecer”,  falou o diretor do Butantan, Esper Kallás.

Em resumo, os riscos da gripe aviária no Brasil demandam atenção e a adoção de medidas preventivas. O acompanhamento das autoridades de saúde, o tratamento adequado, os cuidados de higiene e a vigilância constante são fundamentais para enfrentar essa ameaça à saúde pública. Ao mesmo tempo, é importante fortalecer a biossegurança na avicultura e investir em pesquisas e desenvolvimento de vacinas, como o trabalho pioneiro realizado pelo Instituto Butantan, para minimizar os impactos na economia e garantir a segurança alimentar.