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Seria Tibério Limeira, o verdadeiro sucessor político de João Azevêdo? – Por Vitor Azevêdo

Tibério Limeira pode ser um nome ainda desconhecido para o grande público do estado, mas está se tornando cada vez mais um dos principais atores da política paraibana.

Limeira é um articulador precoce, foi nomeado Secretário Executivo do Orçamento Democrático de João Pessoa, no final do Governo de Ricardo Coutinho e até o fim do mandato do saudoso Luciano Agra em 2012, com apenas 25 anos. A sua primeira experiência em um cargo público o levou a se tornar Secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (2012-2016); e Secretário Executivo de Empreendedorismo (2015-2016).

Esses predicados o levaram a sua primeira disputa política em 2016, quando se tornou Vereador da capital, sendo o oitavo mais votado daquele pleito. Após três anos na Câmara Municipal, Tibério decidiu se afastar do mandato e consequentemente não disputar a reeleição em 2020, para se tornar Secretário de Estado do Desenvolvimento Humano, sendo um dos criadores do Programa Tá na Mesa.

O nome de Tibério foi colocado como um dos postulantes a uma das 36 vagas da Assembleia em 2022, mas ele decidiu desistir da disputa para ser o coordenador da campanha de reeleição do Governador, que conseguiu sair vitoriosa, em um pleito contra um representante do bolsonarismo e dois candidatos de tradicionais famílias da política paraibana. Após a virada do ano, Limeira foi remanejado de cargo no Secretariado, assumindo a Secretaria de Administração do Estado, considerada a principal pasta do Governo João Azevêdo.

Em abril deste ano, de uma forma um tanto quanto polêmica, a força e a relevância do Secretário se estendeu mais uma vez para a política partidária, ao substituir Sandra Marrocos no comando do PSB na capital. Tibério vem se articulando em reuniões com os partidos de esquerda para manutenção e ampliação de alas mais progressistas da base de João Azevêdo, mas isso é visto por alguns como o começo de um projeto para uma possível candidatura do Secretário a um cargo em 2026.

O Presidente estadual do PT, Jackson Macedo, que é entusiasta de uma candidatura em conjunto das esquerdas em 2024, disse em entrevista que Limeira seria um nome qualificado para ser o candidato da esquerda em João Pessoa, mas o mais provável é a manutenção da aliança com Cícero, pois na política não existe o luxo de perder aliados e o grupo do Governador se gaba de ter a maioria dos grandes partidos a seu lado e alguém importante como Cícero não é de se jogar fora, sem existir uma briga ou um motivo plausível que ocasione na quebra dessa aliança.

A eleição praticamente certa que Tibério irá disputar, será em 2026. O Governador já confidencia a imprensa, que o Secretário deverá sair candidato a Deputado Estadual, e com a força política que Limeira vem ganhando nos últimos anos, não se surpreenda se ele for um dos mais votados do pleito. Mas não descarte voos mais altos de Tibério em 2026, pois sua história se assemelha bastante com a do Governador e ele pode seguir o mesmo caminho que João teve em 2018.

É notório em entrevistas, a faísca que já existe entre Tibério e o Prefeito Cícero Lucena, que até o momento tem o apoio irrestrito do Governador para sua reeleição, o que desagrada a ala progressista do partido que não se identifica com várias políticas de Cícero. Na humilde opinião do jovem colunista que nos fala, se não fosse o compromisso firmado entre João e Lucena desde às eleições municipais de 2020, Tibério seria o candidato do grupo para as disputa em João Pessoa no ano que vem.

Azevêdo foi o escolhido para ser o sucessor de Ricardo Coutinho, por ser o seu Secretário de confiança, assim como Tibério, mas a principal diferença, era que João, não tinha qualquer experiência na política partidária até aquelas eleições. Muitos falam da possível briga entre os Ribeiros e os Republicanos para quem será o nome do grupo do Governador para a eleição de 2026, mas não deixe Limeira de fora da briga ao Governo, pois a sua trajetória e sua força política, o credenciam como o verdadeiro sucessor político de João Azevêdo.