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Sertão paraibano tem força mas não tem vez

Foto: Reprodução

O sertão paraibano é uma região rica em economia, cultura, gastronomia, e tem um grande potencial de desenvolvimento. Mas, a região vem sendo deixada de lado pelos principais políticos do estado, é o que afirma Alexandre Cartaxo Costa, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade e diretor da Fecomércio/PB.

Em entrevista para o Blog, o empresário disse que o sertão tem um potencial de expansão econômica maior do que outras regiões do estado, entretanto não é reconhecido como tal. “Mais de que nunca o sertão é uma região de grandes oportunidades e com a economia em alta. Os político é que não vêem e nem acreditam e nem investem nisso”, desabafou em tom de revolta.

O sertão foi uma região decisiva para a reeleição do Governador João Azevêdo, mas ainda assim não é incluído como prioridade na gestão. Para o empresário, a região só será valorizada quando tiver um nome do sertão na cadeira de Governador.

“Agora, em 2022, foi provada a força do sertão. O  governador estado da Paraíba foi eleito com os votos que vieram do sertão. Ou seja, o sertão se reuniu e conseguiu superar os dois maiores colégios eleitorais da Paraíba. Então na realidade, mostramos a força da região. Agora com a força do sertão, temos que ter uma liderança que já tivemos no passado, como Wilson Braga”, constatou.

Foto: CDL/Reprodução

Alexandre também falou sobre a tristeza de perder profissionais brilhantes por não haver investimentos dos deputados com emendas que possam beneficiar o setor de tecnologia da região, “o que se percebe é que os políticos da Paraíba, às vezes a grande maioria pensam pequenos são se envolves em disputas paroquiais. E as propostas, os grandes projetos estruturantes são deixados de lado. Cajazeiras ganhou recentemente o Parque Tecnológico Celso Furtado, é uma resposta que nós vamos dar porque há uma perca de cérebros que nós temos aqui nas nossas instituições da área de tecnologia. Nossos profissionais de TI, de tecnologia da informação, eles estão sendo, ou seja, captados por outros centros antes de concluir o curso”, detalhou o pensamento.

Questionado sobre o melhor caminho para valorização do sertão, Alexandre afirmou “Precisamos de obras estruturantes. Você precisa chama o ramal da Transnordestina que é que sai lá pro pro setor ali de Missão Velha do Ceará, atinge Cajazeiras, Sousa e Cruze todo o estado pra que? Pra escoar um potencial de milhares que nós temos aqui, um estudo há mais de dez anos que Cajazeiras tem um potencial de minério. E só não é viável por causa do transporte.  Na realidade é uma questão de investimento. Nós temos as duas maiores economias aqui do Alto Sertão Sousa, Cajazeiras, e por que não beneficiar esse esse traçado da nova da BR duzentos e trinta? Então basicamente é isso. E por que não retomar discussões sobre a chamada zona franca do semiárido? Que é o grande fator de desenvolvimento?”

O empresário concluiu retornando para o ponto estratégico da falta de uma liderança política da região, “falta que um líder assuma, traga pra ser essa responsabilidade de chamar a discussão, não com discussão estéril, com discussão com problemas. Mas o compromisso, né? Compromisso, porque na realidade de falar por falar, ou seja, o sertanejo já está de de de saco cheio, não aguenta mais”, arrematou.