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STF fará defesa de si mesmo e de Moraes na primeira sessão do semestre nesta sexta

O plenário será palco de desagravo ao ministro Alexandre de Moraes e da defesa das decisões tomadas pela Corte

A primeira sessão do semestre no Supremo Tribunal Federal (STF) costuma ser burocrática, apenas com o julgamento de processos pautados. Nesta sexta-feira, 1º, será diferente. O plenário será palco de desagravo ao ministro Alexandre de Moraes e da defesa das decisões tomadas pela Corte.

A mudança da dinâmica da sessão foi acertada com os integrantes da Corte após os EUA anunciarem uma série de sanções a Moraes, com base na Lei Magnitsky. Entre as medidas, está o bloqueio de bens no país de Donald Trump. Antes disso, Moraes e outros sete ministros da Corte tinham sido proibidos de pisar nos EUA.

O presidente, Luís Roberto Barroso, pretende discursar primeiro. Após a sanção a Moraes, Barroso, Gilmar Mendes e Flávio Dino se manifestaram em apoio ao colega e em defesa do tribunal. Outros devem fazer o mesmo na sessão de hoje. Também é aguardado discurso do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A sessão do STF está marcada para começar às 10h. Ao meio-dia, haverá a primeira sessão no semestre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa é que a presidente, Cármen Lúcia, se manifeste em plenário sobre a ofensiva de Trump ao Judiciário brasileiro.

Na quinta-feira, 31, à noite, ministros do STF se encontraram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para jantar no Palácio da Alvorada. O convite de Lula foi feito para se discutir estratégias de enfrentamento jurídico às sanções impostas pelos EUA. A ideia é que a Advocacia-Geral da União (AGU) tome as rédeas do caso.

Na quarta-feira, 30, Lula se encontrou fora da agenda oficial com Barroso, Mendes e Cristiano Zanin para conversar sobre as pressões de Trump contra o STF.

Apesar dos esforços do presidente dos EUA, o Supremo manteve acelerado o ritmo de tramitação das ações sobre a trama golpista. Durante o recesso de julho, foram interrogados réus e testemunhas nos processos. A expectativa é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja julgado em setembro com a primeira leva de réus.

 

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