Blog Gutemberg Cardoso

Torres não falou à PF porque defesa não teve acesso aos autos, diz advogado

O ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres está preso no 4º Batalhão de Polícia Militar (Guará)

Advogado do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, Rodrigo Roca disse que Torres ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal porque a defesa ainda não teve acesso aos autos.

A PF apura eventual responsabilidade de Torres diante da invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto, no último dia 8 de janeiro. Ele era secretário de Segurança Pública quando os atos terroristas ocorreram, mas estava em viagem com família, nos Estados Unidos. Anderson deve marcar um novo depoimento, na próxima semana.

‘Não há menor possibilidade de delação premiada’, diz advogado de Anderson Torres

Há rumores de que o ex-ministro poderia fazer delação ou depoimento que complicasse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Na tarde desta terça-feira (17), o advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, disse em entrevista que não há qualquer possibilidade de o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) realizar uma delação premiada. “Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado”, afirmou. As informações são da CNN Brasil.

Essa afirmação de que Torres não pretende delatar ocorre em meio a rumores de que o ex-ministro poderia promover uma delação ou um depoimento que complicasse o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes do seu governo. Mas, segundo outros interlocutores de Torres, ele teria dito antes de ser preso descartar qualquer possibilidade de acusar Bolsonaro de alguma participação nos atos criminosos de 8 de janeiro.

Uma das informações desses interlocutores, por exemplo, é de que Torres pretende dizer não se lembrar quem o entregou a minuta do decreto presidencial determinando um estado de defesa sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que recebia “muitos documentos de pessoas diversas”, diariamente.