O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) deu início aos primeiros movimentos para a criação de um Museu da Justiça Eleitoral no estado. A proposta foi discutida em reunião realizada na tarde da terça-feira (15), sob a condução do presidente da Corte, desembargador Oswaldo Trigueiro, que pretende formar uma comissão de notáveis da área cultural para viabilizar o projeto.
A ideia é encontrar um espaço no Centro de João Pessoa que possa abrigar a memória institucional do TRE-PB, criado em 1932.
Participaram do encontro o desembargador Marcos Cavalcanti, o procurador-geral do Ministério Público de Contas da Paraíba, Marcílio Toscano Franca Filho, o jurista e historiador Sales Gaudêncio (de forma virtual) e a diretora-geral do TRE-PB, Alexandra Cordeiro.
Segundo Trigueiro, os convidados compartilham trajetórias ligadas à preservação da memória histórica e cultural. “A ideia é montar até a semana que vem uma comissão de notáveis com nomes aqui sugeridos. Já nessa primeira reunião surgiram várias boas ideias e espero que, dentro em breve, tenhamos mais novidades sobre esse projeto”, afirmou.
O desembargador Marcos Cavalcanti elogiou a iniciativa e destacou a importância de valorizar o passado da Justiça Eleitoral. “Essa história começou em 1932, mas em 1937 veio o golpe de Estado de Getúlio Vargas e se passou um tempo sem justiça eleitoral com a Ditadura. Depois, voltou. Apesar de não ser tão antiga, tem muita história a contar”, pontuou.
Para o procurador Marcílio Toscano Franca Filho, o projeto vai além da preservação histórica — ele representa um ato de humanidade. “A criação desse espaço de memória no centro da cidade vem reforçar o patrimônio da nossa cidade. E sem essa preocupação com o patrimônio, nós nos desumanizamos. O patrimônio cultural é a nossa memória mais viva”, afirmou.
O jurista Sales Gaudêncio, por sua vez, elogiou a proposta e sugeriu nomes para compor a comissão, reforçando a importância de um espaço dedicado à história da Justiça Eleitoral paraibana.