O União Brasil e o Progressistas (PP) oficializam, nesta terça-feira (19), a criação da Federação União Progressista (UPb). Pela manhã, as duas legendas realizarão reuniões separadas, e à tarde acontece a primeira convenção conjunta no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
Com 109 deputados federais e 15 senadores, a federação forma a maior bancada da Câmara e uma das mais fortes do Senado. A condução nacional será compartilhada entre o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda.
Atualmente, a aliança ocupa quatro ministérios: pelo União Brasil, Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações); e pelo PP, André Fufuca (Esporte). Apesar do tom oposicionista na criação da federação, não haverá desembarque imediato do governo Lula (PT). Os ministros devem permanecer nos cargos até abril de 2026, quando a maioria deverá se descompatibilizar para a disputa eleitoral.
Na Paraíba, o cenário envolve disputas internas. O senador Efraim Filho (União Brasil), aliado do PL e do grupo Bolsonaro, se posiciona como principal nome da oposição ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e ao governador João Azevêdo (PSB). Entretanto, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assumirá o governo em 2026, quando Azevêdo deixará o cargo para concorrer ao Senado — e já se articula como pré-candidato ao Palácio da Redenção.
A definição sobre quem comandará a federação no estado só será tomada em abril do próximo ano, com base em avaliação da direção nacional sobre quem estará mais competitivo na disputa.
*Com informações da Folha de São Paulo