Vereadora do PT é assassinada no Rio Grande do Sul

O corpo de Elisane Rodrigues dos Santos foi encontrado com marcas de mais de 10 facadas, no município de Formigueiro

A política do Rio Grande do Sul foi surpreendida com uma notícia estarrecedora. A vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, foi assassinada a facadas, na manhã desta terça-feira (17), no município de Formigueiro (RS).

Elisane era a única mulher na Câmara de Vereadores da cidade. Ela foi encontrada morta ao lado de seu carro, uma caminhonete Fiat Strada branca, por agricultores.

O corpo da parlamentar apresentava marcas de mais de 10 facadas, a maioria delas na altura do pescoço. Agentes encontraram junto ao corpo uma bolsa com carteira, celular, dinheiro e cartões de banco, ou seja, nenhum objeto pessoal foi roubado. A Polícia Civil investiga o crime.

Elisane estava em seu primeiro mandato na Câmara Municipal e chegou a participar de uma sessão nesta segunda-feira (16). Profissionais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Santa Maria foram acionados e se dirigiram até Formigueiro para realizar a perícia no local.

A Câmara Municipal declarou luto oficial de três dias e lamentou a perda. “Elisane atuava com dedicação e comprometimento em seu mandato, sempre voltada às causas sociais e ao bem-estar da população de Formigueiro, além de ser a presença feminina nesta legislatura. Sua partida repentina representa uma perda irreparável para a política local e para todos que conviveram com ela”.

De luto, PT Mulheres do Rio Grande do Sul divulga nota

“Com imensa dor e indignação, o PT Mulheres do Rio Grande do Sul se solidariza com a família, amigas, companheiras de militância e com toda a comunidade de Formigueiro diante do brutal assassinato da vereadora Elisane Rodrigues, ocorrido na manhã desta terça-feira (17).

Elisane era a única mulher eleita na Câmara Municipal de Formigueiro, eleita em 2024 para seu primeiro mandato pelo PT. Elisane foi uma voz firme e comprometida com a defesa dos direitos sociais, da causa Quilombola, da saúde pública, da justiça social e do diálogo.

Técnica de Enfermagem e Auxiliar de Análises Clínicas, atuava no hospital local com o mesmo cuidado com que se dedicava à política: com escuta, ação e coragem.

Sua morte não pode ser naturalizada.

Seguiremos honrando a memória da companheira Elisane com mais luta, mais organização e mais coragem.

Elisane presente, hoje e sempre”.