A Câmara de Vereadores de João Pessoa debateu, nesta terça-feira (25), sobre o Museu da Cannabis na capital, que foi inaugurado nessa segunda-feira (24) junto a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), que defende o uso medicinal da maconha no Brasil.
A ala da direita, encabeçada pela vereadora Eliza Virgínia (PP), que propôs votos de repúdio a inauguração do museu, chegou a acusar a Abrace de estar usando o uso medicinal da maconha como pretexto para fazer apologia ao uso da droga.
“Quem cria um museu para isso quer que essa droga seja compartilhada para todos. Temos que nos reunir para tirar esse museu daqui. Medicina é o pretexto que se teve para fundar o museu. É o pretexto que os maconheiros têm para ir para as ruas. Não é por amor, é por saúde. É simplesmente por noia, para viver a vida na fumaça verde”, disse ela, que se declara bolsonarista.
Por outro lado, o vereador Marcos Henriques (PT) pediu seriedade no debate e rebateu a vereadora afirmando que o trabalho realizado pela Abrace em João Pessoa é baseado em estudos científicos.
“A Liga Canábica aqui de João Pessoa tem um trabalho muito sério. A gente não pode falar aqui de maneira tão depreciativa de algo que é feito baseado em estudos científicos”, rebateu.
O Coronel Sobreira (MDB), por sua vez, ressaltou a ilegalidade do uso da maconha para fins recreativos. “O álibi tenha certeza é para o tratamento. Da mesma forma que é o álibi da marcha da maconha, por conta que a constituição federal permite a livre manifestação. O uso medicinal ninguém é contra, mas somos contra sim fomentar o uso recreativo dessa droga que é ilegal no nosso país”, disse ele.
Já o vereador Junior Leandro (PDT) destacou a quantidade de doenças que podem ser tratadas a base de cannabis. “O álibi, tenha certeza, é para o tratamento. Da mesma forma que é o álibi da marcha da maconha, por conta que a constituição federal permite a livre manifestação. O uso medicinal ninguém é contra, mas somos contra sim fomentar o uso recreativo dessa droga que é ilegal no nosso país”, pontuou.