O périplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem, por dois Estados do Nordeste – Pernambuco e Paraíba foi encarado nos meios
O périplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem, por dois Estados do Nordeste – Pernambuco e Paraíba foi encarado nos meios políticos como uma espécie de “pontapé” na deflagração da pré-campanha do mandatário à reeleição em 2026, numa região que lhe atribuiu percentuais confortáveis em disputas eleitorais mas que ultimamente vinha registrando oscilações no nível de popularidade.
Na fala em Pernambuco, Lula se encarregou de agitar o cenário ao alertar que “não se pode votar em qualquer tranqueira para governar o país”, ao criticar o seu antecessor Jair Bolsonaro (PL) que ele derrotou em 2022.
Ele desafiou os presentes a se lembrarem de obras no Estado no governo passado, acrescentando que pegou obras paradas do programa “Minha Casa, Minha Vida” que, lá atrás, fora prioridade numa de suas gestões.
Lula emendou que a especialidade de Bolsonaro, ou “tudo que ele sabia fazer” era contar mentira e ficar no gabinete do ódio o tempo todo em Brasília.
O presidente assinou autorização da obra que amplia a capacidade de bombeamento no eixo norte da transposição do rio São Francisco, bandeira que continua sendo prioritária em seu governo no que se refere à região Nordeste.
O presidente lembrou que resistências ao projeto de interligação de bacias foram enfrentadas em Estados da própria região, da parte de governadores e outras lideranças mas que não titubeou em levar adiante a transposição por entender que seria a redenção para o povo nordestino, já sacrificado no dia a dia para manter sua própria sobrevivência.
Ele aproveitou para cobrar de governadores e prefeitos municipais que tomem providências para que a água possa chegar, de fato, às populações carentes, explicando que o governo federal faz sua parte nesse processo.
Nos dois Estados visitados, Lula reuniu aliados do seu governo que são adversários em âmbito local, como a governadora Raquel Lyra (PSD) em Pernambuco e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é cotado para disputar o Executivo no próximo ano.
Na Paraíba, o governador João Azevêdo (PSB) e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) fizeram registros em redes sociais de fotografias com o presidente da República, além de deputados federais e estaduais. A governadora Raquel Lyra, não obstante a fala de Lula em ritmo de pré-campanha, observou que a eleição só deve ser discutida em 2026, no limite do que estabelece o próprio calendário, e que o momento atual é de convergência para o êxito de ações administrativas em benefício do povo.