O deputado estadual Wallber Virgolino (PL) cobrou, em entrevista, nesta terça-feira (28), que os parlamentares da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) ajudem o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nas investigações do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
O parlamentar ainda revelou que possui onze das doze assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de desvios de recursos do hospital. Para ser instalada, a CPI precisa da aprovação de um terço dos deputados ocupantes de cadeiras na Assembleia Legislativa, que tem um total de 36 parlamentares.
“Tenho 11 assinaturas, faltam uma. Eu espero que na próxima operação do Gaeco, um deputado desse aí, sinta o sentimento público, e toque o coração dele para essa CPI, para a gente também participar dessa investigação. A gente tem que contribuir muito! Muita informação chega à Assembleia, que não chega no Gaeco. Muita informação chega a mim, chega a outros deputados, que a gente pode ajudar a esclarecer ainda mais essa obscuridade que aconteceu no Padre Zé”, disse Wallber.
Polémica do Hospital Padre Zé
Após suposto furto de vários aparelhos celulares doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, um escândalo muito maior foi descoberto. Segundo a força-tarefa montada para investigar o caso, o antigo diretor da instituição filantrópica, Padre Egídio de Carvalho – que renunciou ao cargo – ostenta grande riqueza e há indícios de desvio de recursos do hospital.
Em uma granja do Padre Egídio foram encontrados móveis no valor total de R$ 3 milhões. Somente o fogão utilizado no imóvel é avaliado em R$ 80 mil.
A força-tarefa é formada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPPB), Polícia Civil, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba.