Almeida citou ditado Iorubá para lembrar as lutas seculares dos negros e se dirigiu aos grupos perseguidos por Bolsonaro, como mulheres, pretos, indígenas, lgbts e vítimas da fome: “Vocês existem e são valiosos para o país”
Com discurso histórico, o advogado, escritor e professor Silvio Almeida assumiu nesta terça-feira (3) o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do governo Lula (PT), anunciou seus secretários e sinalizou que não haverá anistia para os crimes praticados na Ditadura Militar e tampouco àqueles desencadeados pelo discurso de ódio do governo neofacista de Jair Bolsonaro (PL).
“Recebo o ministério arrasado, conselhos foram encerrados e o orçamento foi drasticamente reduzido. A gestão anterior tentou extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos, não conseguiu. Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula”, afirmou Almeida, que garantiu a manutenção da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
A comissão vai funcionar sob o comando de Nilmário Miranda (PT-MG), que foi preso político na Ditadura, foi secretário dos Direitos Humanos no primeiro governo Lula e um dos responsáveis pela lei que reconheceu os mortos e desaparecidos pela ditadura militar. No ministério, Nilmário atuará como assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade.
Além dele, farão parte da equipe ministerial de Silvio Almeida: