Dino afirmou, ainda, que “não interessa” para ele, no comando do Ministério da Justiça, “em quem as pessoas votaram, em quem elas votarão”
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira, 10, que “Deus não fez anistia”. “Deus não transigiu com princípios, Deus aplicou a lei. E Deus puniu, proporcionalmente, Adão, Eva e a serpente”, disse durante a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
“Nós não somos e não podemos ser adeptos do vale-tudo, não é a lei do mais forte. Os fins não justificam os meios por mais nobres que eventualmente eles sejam”, destacou, sendo aplaudido pelos presentes na plateia.
Dino afirmou, ainda, que “não interessa” para ele, no comando do Ministério da Justiça, “em quem as pessoas votaram, em quem elas votarão”. “Respeito todos os gostos, por mais exóticos que eles sejam.”
“Nós temos princípios processuais a seguir, todos nós temos princípios éticos a cumprir. Não permitiremos que sabores individuais, ideologias, preferências eleitorais, contaminem instituições brasileiras porque nós vimos a tragédia”, afirmou o ministro.
Resposta aos golpistas
Na cerimônia, Flávio Dino voltou a negar que o governo federal falhou ao não prever os ataques golpistas ocorridos no Distrito Federal no último domingo, dia 8. “Resposta brasileira contra o golpismo foi qualitativamente superior àquela que verificamos em outros partes do mundo”, rebateu o titular da pasta em relação a críticas sobre uma suposta inabilidade da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de dimensionar a proporção dos atos terroristas.
Dino ainda enalteceu o trabalho da Polícia Federal na repressão aos golpistas. Disse ainda que Andrei Rodrigues e sua equipe terão dele “lealdade plena”. “Nossa equipe está unida”, destacou