Em uma entrevista que reverberou pelos corredores do poder, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu ter errado ao atacar o ministro Alexandre Padilha (PT), chamando-o de “incompetente”. A confissão, feita no programa “Conversa com Bial”, não apenas surpreendeu, mas também acendeu novas discussões sobre a tensão e o jogo de interesses no cenário político atual.

“Eu poderia ter adjetivado melhor ou pior, sou humano, posso errar e acertar, mas para mim política tem que ser feita reta, nada em off, nada de vazamento. Eu tenho erros e acertos, não tenho problema de reconhecer o erro quando eu faço. Eu já vinha apontando ao governo há alguns meses que não funciona a articulação política,” declarou Lira.

A entrevista ganhou tons ainda mais polêmicos quando Lira tocou no ponto sensível das relações entre os poderes. Defendendo a restrição de ações no STF, ele argumentou: “Muitas vezes a gente fala do Judiciário e seus excessos, quando ele vai além de sua condição de julgar e o Congresso reage; mas uma coisa tem prejudicado muito, minorias quando perdem recorrem ao Supremo para resolver sua derrota, o Executivo quando perde vai ao Supremo, tenho defendido que devemos restringir o acesso.”

Essas palavras ecoaram como um desafio direto à dinâmica atual de checks and balances, sugerindo uma possível revisão de como e quando se pode apelar ao Judiciário.

Mais uma vez, o presidente da Câmara valorizou o papel dele nos sucessos do governo diante de pautas prioritárias. Por outro lado, Lira fez questão de ressaltar a eficiência do Congresso sob sua liderança, citando a aprovação da reforma tributária como exemplo de uma governança sem “pautas-bomba”. “Não há nenhum governo desde que entrei na presidência da Casa que tenha tido melhores condições de governar o País,” afirmou, reforçando sua visão de um legislativo que trabalha em harmonia com o executivo.

Assista a entrevista na p´ntegra abaixo