O cineasta Fernando Grostein Andrade, irmão de Luciano Huck, lançou hoje (16) um documentário sobre sua história de vida, “entrecortada pela trajetória de Bolsonaro”, intitulado Quebrando Mitos. Ideias são a prova de balas.
Homossexual assumido, o cineasta aponta que o termo “masculinidade tóxica” não seria o mais adequado ao chefe do Executivo, mas sim “masculinidade catastrófica”, cunhado por ele. O termo também se aplicaria ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e a “homens assim, que danificam a sociedade em escala continental”.
De acordo com a sinopse oficial do longa, que tem roteiro de Carol Pires, Quebrando Mitos explorará a “masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro sob o ponto de vista de um casal LGBT – o cineasta Fernando Grostein Andrade e o ator e cantor Fernando Siqueira. Depois de ameaças anônimas por conta de críticas de Andrade à homofobia de Bolsonaro, o casal parte para a Califórnia e decide fazer um documentário que mistura biografias com a resistência ao fascismo no Brasil”.
De acordo com um texto de Andrade publicado na revista Piauí nesta quarta-feira (31), a ideia inicial do documentário era retratar majoritariamente a trajetória do atual presidente da República. Entrevistas foram feitas tanto em Eldorado, no interior paulista, a cidade natal de Bolsonaro, quanto no Rio de Janeiro e em Brasília. No entanto, segundo o cineasta, o resultado ficou “inassistível”.
– Assim, o filme passou a ser sobre a minha história de vida, entrecortada pela trajetória de Bolsonaro, ou seja, misturando flores e amor com armas e balas. Praticamente joguei fora a montagem que tinha feito antes – disse Fernando.
Fernando Grostein é responsável pelo documentário Quebrando o Tabu, lançado em 2011, que acabou dando origem à página de mesmo nome, com pautas progressistas, ativa ainda atualmente.
Assista o filme na íntegra:
