Parlamentares da bancada da bala rejeitaram projeto que cria centro de tratamento para presídio com mais de 100 detentos
Local que concentra deputados da bancada da bala, a Comissão de Segurança Pública da Câmara é impiedosa. Os parlamentares desse colegiado, quase todos bolsonaristas, rejeitaram um projeto que cria Centros de Saúde em penitenciárias com mais de 100 presos, com atendimento em ambulatório.
A proposta tem como origem a Comissão de Legislação Participativa, que reúne parlamentares dos direitos humanos, e foi rejeitado com folga.
Na discussão, os deputados contra esse projeto, que prevê saúde para população carcerária, usaram argumentos como: “é privilégio para bandido”, “que morram”, “são delinquentes e não coitadinhos” e “é muita mordomia”.
Relatora do projeto, Magda Mofatto (PL-GO) deu parecer contrário, com um duro e cruel discurso.
“Cidadão de bem é que precisa de tratamento. Não tem cabimento tratar delinquentes como coitadinhos, e desprestigiar o trabalhador. Privilégio para preso, não. É mais uma regalia para eles” – disse Mofatto.
O presidente da comissão, Aluisio Mendes (PSC-MA), parabenizou a relatora.
O deputado Sargento Fahur (PSD-PR), conhecido por posição radical do extermínio de criminosos, votou contra médicos para presos e disse que “comida, oxigênio e água está bom demais”
“Que morram!” – disse.
Neucimar Fraga (PP-ES) classificou como “absurdo” criar um centro médico para cada grupo de 100 presos. Ele acha que deve ser a partir de 5 mil.
“Colocar como limite apenas 100 presos é muita mordomia”.